quarta-feira, maio 16, 2012

O Mago - Aprendiz, Raymond E. Feist

Uma surpresa... Ultimamente ando a ler o Frankenstein de Shelley e o Lord of the Rings de Tolkien ambos em inglês e à sete dias deu-me a súbita vontade de ler algo em Português. Fui à Feira do Livro de Lisboa e por impulso e pura curiosidade comprei este livro. Foi a melhor surpresa que pude ter, já não lia um livro em menos de uma semana à algum tempo... em parte devido ao tempo tomado pelos trabalhos da faculdade e este eu simplesmente não consegui largar. A escrita de Feist surpreendeu-me pelo seu humor fresco e acutilante, as suas personagens bem desenvolvidas, uma apresentação de culturas do mais variado que já vi numa única obra e por um passo de narrativa limpo e rápido. Fico verdadeiramente feliz por ter tido conhecimento deste autor. E assim que juntar uns parcos euros que tanto tendem a fugir de nós hoje em dia planeio comprar o resto da colecção. A personagem principal funde-se com as outras o que é muito refrescante quando penso que ultimamente tenho lido muitos livros em que o autor usa apenas os restantes personagens e acção para enaltecer o personagem principal, como senão houvesse espaço para pessoa mais honrada e especial no mundo. Outro sentimento com que fiquei no final da leitura foi que Feist consegue trazer-nos à intimidade dos seus personagens de forma subtil e muito harmoniosa, tanto na maneira como nos são apresentados como posteriormente as suas acções são acompanhadas. Definitivamente um livro que merece o seu lugar na primeira prateleira da estante.

sábado, maio 12, 2012

Deuses americanos, Neil Gaiman

Já à algum tempo que não saia do género da literatura fantástica para algo diferente. E talvez tenha sido por isso que peguei finalmente n'Os Deuses Americanos de Neil Gaiman que já tinha na prateleira desde o Natal... Fiquei positivamente surpreendida com uma história inovadora e deliciosamente bizarra. Quando acabei de o ler lembro-me que o meu primeiro pensamento foi de que não podia dizer que já tinha lido algo do género, nem que me lembrei ao longo da leitura de fazer associações com outras histórias e enredos de outros autores do mesmo estilo, como por vezes é inevitável acontecer nos livros que têm como cenário uma corte e um rei com dois filhos um todo luz e outro todo sombra... 

A narração dos Deuses e de como se integram na sociedade é fascinante e uma janela quase que realista... como se fosse para acontecer e tivesse de existir realidade na imaginação então seria muito próximo do que Gaiman nos transmite. O desenvolvimento de todas as personagens é fascinante e foi um livro que na última página deixou-me uma boa sensação e vontade de ler algo mais do mesmo autor.