sábado, janeiro 12, 2013

The Great Hunt de Robert Jordan

The Great Hunt (Wheel of Time, #2)







Título: The Great Hunt, Livro 2 da série The Wheel of Time
Autor: Robert Jordan
Editora: Orbit
Número de páginas: 707 (Glossário incluído)








Sinopse: The Forsaken are loose, the Horn of Valere has been found and the Dead are rising from their dreamless sleep. The Prophecies are being fulfilled - but Rand al'Thor, the sheperd the Aes Sedai have proclaimed as the Dragon Reborn, desperately seeks to escape his destiny. But Rand cannot run forever. With every passing day the Dark One grows in strength and strives to shatter his ancient prison, to break the Wheel, to bring an end to Time and sunder the weave of the Pattern.

And the Pattern demans the Dragon.

O primeiro livro que terminei de ler em 2013 faz-me pensar que comecei o ano de uma óptima maneira. The Great Hunt desenvolve-se naturalmente em relação ao primeiro livro da série The Eye of the World e contudo é completamente diferente. Os jovens que saíram de Emond's Field deixam de rapazes do campo para se tornarem aquilo que o destino precisa que eles sejam. Algo que adorei no livro foi exactamente esta oportunidade de assistir à luta interior de cada um à medida que cada um vai sendo capaz de aceitar que o passado permanecerá sempre o passado e que o retorno à pacata vida de antes, se torna cada vez mais impossível de alcançar por muito que o desejem. 

Na escrita de Jordan vemos o desenrolar das forças maiores em jogo, forças como o destino, o poder das profecias e a inexorabilidade de quem está destinado a desempenhar um papel vital na luta do Bem contra o Mal. A cada elemento novo que surge, a cada nova personagem que se desvenda na trama não consigo hesitar em imediatamente tentar perceber qual o seu lugar em tudo, qual o seu possível contributo para os objectivos das profecias. Uma boa metáfora para a minha experiência com os livros até agora seria a estratégia presente num jogo de xadrez, ao ler as acções e pensamentos de cada personagem individual a minha curiosidade leva-me a tentar ligar os pontos, a tentar adivinhar a próxima jogada, pois tudo tem um significado. E é isso que tenho também vindo a gostar imenso na série, a sua capacidade de interligar todos os pequenos pormenores. 

Outro aspecto que tenho vindo a gostar imenso é a capacidade de Jordan de ter descrito uma imensidão de poses e movimentos de luta com espadas através de metáforas, tornando cada combate muito divertido de se imaginar e seguir com entusiasmo. A riqueza do continente inteiro que ele nos apresenta, bem como cada cultura, cada pormenor dessa cultura quanto a vestuário, etiquetas, modos de viver, é simplesmente arrebatador no que toca à sua riqueza. Acho que as minhas personagens preferidas até agora são Nynaeve al'Meara das personagens femininas e Perrin Aybara mas quase que não consigo manter tal preferência por muito tempo, todos os personagens até agora me conseguem interessar, fazendo com que não me dê aquela familiar vontade de saltar capítulos para seguir a história mais interessante de alguém em detrimento de outra personagem que considere mais aborrecida ou irritante.

Até agora nenhum final de livro me desapontou, fazendo-me ficar sempre ansiosa por deitar as minhas mãos ao próximo livro da série. Inevitavelmente, alguns rumores de apreciadores do autor, dizem que mais para a frente a série parece perder um pouco da sua capacidade de elevar a imaginação do leitor, tornando-se mais linear. Não sei o que pensar quanto a isso de momento porque na verdade só tenho a dizer que tem sido uma aventura épica que estou a adorar seguir! E que recomendo, sem reservas, a qualquer fá do estilo de literatura fantástica, épica e de aventura.

"Epic in every sense." Sunday Times
"With the Wheel of Time, Jordan has come to dominate the world Tolkien began to reveal." New York times

sexta-feira, janeiro 11, 2013

Balanço de 2012

Ao dar uma vista de olhos pelo meu desafio do Goodreads de 2012, claramente saltam dois temas dominantes no meu ano de 2012: o da fantasia e o Universo Marvel. O primeiro é simplesmente um dos meus preferidos e uma constante nas minhas escolhas de novos livros e o segundo acho que foi muito ajudado pela minha curiosidade depois de ter visto o filme dos Avengers no verão e pela colecção que o jornal público fez. 

Noto que se calhar este ano li menos livros do que em anos anteriores, e acho que foi essa sensação que me fez aumentar o desafio para 2013 de 30 livros para 50. apesar de tudo tive muitas surpresas e livros que acredito ir ler e reler uma vez mais no futuro. Por isso vou tentar seleccionar uma pequena lista dos meus livros favoritos de 2012.


Watership Down1. Watership Down de Richard Adams

Quando vi este livro nas prateleiras da Fnac não podia acreditar... as recordações de infância inundaram-me de nostalgia! Eu adorava ver o desenho-animado Watership Down e até já o voltei a rever agora, ler o livro foi uma experiência completa. Definitivamente, o meu livro favorito de 2012 foi este. Pela sua simplicidade em demonstrar o complexo, pelo entretecer das vidas de pequenos coelhos, que na sua simples existência nos conseguem maravilhar com o seu lore e aventuras! É uma escolha muito pessoal mas que acredita seja capaz de maravilhar muitos outros leitores. É um livro que retrata sensibilidades da natureza humana em criaturas mais simples, mas que nos faz pensar, como todos os bons contos de moral.




The Eye of the World (Wheel of Time, #1) 2. The Eye of the World de Robert Jordan

Adoro ler sagas, é um dos meus géneros de literatura preferidos e por isso para 2012 tinha me desafiado a começar a ler os livros de Robert Jordan e ainda bem que o fiz. Tudo me consegue cativar na escrita desta aventura, as personagens e as suas origens e motivações, os locais e o país que nos é dado a conhecer e visitar, a riqueza no detalhe é quase que incomparável (a não ser com o próprio mestre do género, Tolkien) principalmente na descrição das diferentes culturas. Para quem gosta da eterna luta do Bem contra o Mal, para quem se delicia com magia, criaturas fantásticas, perigos eminentes e romances inesperados. De tudo um pouco Robert Jordan aborda, porque de tudo um pouco é feita a vida.




The HobbitThe Lord of the Rings 3. A trilogia do Senhor dos Anéis e O Hobbit de J. R. R. Tolkien

Fã dos filmes já perdi a conta às vezes que os vi, e no dia de estreia do Hobbit lá estava. Não é possível dizer poucas palavras sobre Tolkien, toda a legião de leitores a si fieis que cada geração que se segue se cativa pelo autor é prova suficiente de que a sua obra é intemporal. Há muito que queria ler os seus livros e finalmente em 2012 consegui começar o meu desejo. Já tenho outros em espera para começar também este ano, pois é um objectivo meu conseguir comprar a obra completa do autor.



Dissolution (Matthew Shardlake, #1)4. Dissolution de C. M. Jansom 

Outro género pelo qual tenho um interesse especial é o histórico/romance, principalmente os que têm palco nos tempos da monarquia Inglesa. Dissolution foi umlivro que comprei por impulso durante o Verão, quando o bichinho pelo género de livro começava a morder, e ainda bem que o fiz. Passa-se na época da Reforma, e a personagem principal Matthew Shardlake é um advogado corcunda que é incumbido por Thomas Cromwell de investigar um assassinato num mosteiro em nome de sua majestade Henrique VIII. Muito ao estilo de "O Nome da Rosa" este livro prendeu-me à suas páginas até à última palavra. É o primeiro de uma série que de certeza vou tentar completar. 




Fahrenheit 4515. Fahrenheit 451 de Ray Bradbury  

Ray Bradbury aqui a representar outro género de preferência nos meus hábitos literários, a ficção científica. Este é outro livro que queria ler há imenso tempo. Afinal trata-se da proibição dos livros numa sociedade completamente dedicada às tecnologias. Fez-me pensar sobre o futuro dos livros e o seu real impacto na vida das pessoas através do conhecimento que conseguem transportar ao longo de séculos. Gostei particularmente do estilo de narrativa e da capacidade da escrita de me colocar no lugar do protagonista, as suas angústias quase que saltando das folhas para me confrontar com os seus dilemas. E por isso foi o meu preferido do género este ano.



Limpar o pó

Há já algum tempo que não actualizo o meu blog, poderia culpar tanto a vida agitada como a simples preguiça, seja como for nenhuma delas neste momento me impede de pelo menos admitir algumas saudades.
 
Talvez o truque seja manter as coisas simples e aos poucos ir construindo de novo.

Bem, vamos lá limpar este pó e tentar começar de novo.

quarta-feira, maio 16, 2012

O Mago - Aprendiz, Raymond E. Feist

Uma surpresa... Ultimamente ando a ler o Frankenstein de Shelley e o Lord of the Rings de Tolkien ambos em inglês e à sete dias deu-me a súbita vontade de ler algo em Português. Fui à Feira do Livro de Lisboa e por impulso e pura curiosidade comprei este livro. Foi a melhor surpresa que pude ter, já não lia um livro em menos de uma semana à algum tempo... em parte devido ao tempo tomado pelos trabalhos da faculdade e este eu simplesmente não consegui largar. A escrita de Feist surpreendeu-me pelo seu humor fresco e acutilante, as suas personagens bem desenvolvidas, uma apresentação de culturas do mais variado que já vi numa única obra e por um passo de narrativa limpo e rápido. Fico verdadeiramente feliz por ter tido conhecimento deste autor. E assim que juntar uns parcos euros que tanto tendem a fugir de nós hoje em dia planeio comprar o resto da colecção. A personagem principal funde-se com as outras o que é muito refrescante quando penso que ultimamente tenho lido muitos livros em que o autor usa apenas os restantes personagens e acção para enaltecer o personagem principal, como senão houvesse espaço para pessoa mais honrada e especial no mundo. Outro sentimento com que fiquei no final da leitura foi que Feist consegue trazer-nos à intimidade dos seus personagens de forma subtil e muito harmoniosa, tanto na maneira como nos são apresentados como posteriormente as suas acções são acompanhadas. Definitivamente um livro que merece o seu lugar na primeira prateleira da estante.

sábado, maio 12, 2012

Deuses americanos, Neil Gaiman

Já à algum tempo que não saia do género da literatura fantástica para algo diferente. E talvez tenha sido por isso que peguei finalmente n'Os Deuses Americanos de Neil Gaiman que já tinha na prateleira desde o Natal... Fiquei positivamente surpreendida com uma história inovadora e deliciosamente bizarra. Quando acabei de o ler lembro-me que o meu primeiro pensamento foi de que não podia dizer que já tinha lido algo do género, nem que me lembrei ao longo da leitura de fazer associações com outras histórias e enredos de outros autores do mesmo estilo, como por vezes é inevitável acontecer nos livros que têm como cenário uma corte e um rei com dois filhos um todo luz e outro todo sombra... 

A narração dos Deuses e de como se integram na sociedade é fascinante e uma janela quase que realista... como se fosse para acontecer e tivesse de existir realidade na imaginação então seria muito próximo do que Gaiman nos transmite. O desenvolvimento de todas as personagens é fascinante e foi um livro que na última página deixou-me uma boa sensação e vontade de ler algo mais do mesmo autor.